A Saga dos ET's

15.6.07

10 - Dollores Dee, o ete disfarçado de mulher

O velho, nervoso, mal conseguiu terminar de fazer a barba e correndo por debaixo do chuveiro. Ligou para Robert. O telefone chamou, chamou e ninguém atendeu. Tentou a segunda vez, então escuta a voz de Robert:
- Hey, tu sabe que horas são???
Não tinha visto que era o numero de Schimidt. Mas o professor o acalmou:
- Aqui é Schimidt. - E assim o professor deu-lhe a notícia. Bob falou:
- Estou indo paraí.
Passou na casa de John, que também estava dormindo. Quando soube da notícia pulou da cama. Os dois foram depressa para a casa do professor.


Somente eles sabiam a verdade. Não poderia ficar assim, eles tinham que ajudar a Rainha. Continuaram a discussão que havia durado a noite inteira, porém agora mais intensa. John tornou a falar sobre os amigos da Dolores 88. Desta vez Schimidt aceitou a idéia:
- Que horas podemos falar com esses rapazes?
- Depois do mid-day. - Disse John. Então como teriam que esperar até a tarde, os guris foram para a casa durmir. Schimidt tentou, mas sua ansiedade o perdoou apenas de uns rapidos cochilos.


Meio dia e meio. Robert telefonou para o estúdio Lunáticos. Encontrou apenas um dos integrantes lá, que tratou de rapidamente reunir toda a banda, inclusive os 52 funcionários, que de nada sabiam. Antes da uma da tarde, todas já se encontravam lá. O professor começou então com as questões. Perguntou, entre outras coisas, de onde eles conheciam a pena. Os musicos da Dolores 88 disseram que a pena foi um objeto que pertencia à maior ídolo da banda, a cantora Dollores Dee. Dollores Dee era uma cantora de blues que morava no interior do estado da Louisiana, às marges do Rio Missisipi. Alguns anos depois que ela morreu, o pai de Beatriz, o então Rei Wanderlin, em uma viajem pela América do Norte, passou pela pequena cidade, e como alguns pertences da cantora - que não era conhecida em hesteyo - estavam sendo leiloados, o velho Rei arrematou aquela que considerou a obra de arte mais magnífica que seus olhos já viram. Porém quando a princesa Beatriz assumiu o cargo soberano de Hesteyo, a pena encarnada ficou esquecida nos porões do Palácio Encarnado. Então como o tio de um dos integrantes da banda trabalhou durante alguns anos no palácio, ele roubou a pena para os meninos.


Schimidt, meio confuso com a história, saiu dali e foi procurar na internet sobre Dollores Dee. Primeiro encontrou uns textos, que contavam a lenda sobre a voz de Dollores: Aqueles que viveram naquela época diziam que a voz da cantora de blues era tão bela e sedutora, que toda vez que cantava e seu olhar se cruzava com algum homem, este se apaixonava na hora por ela. Em seguida encontrou alguns artigos de jornais de sua região, da época em que ela morreu, que contava que a cantora não morreu afogada no rio, durante um passeio de canoa. Segundo estes artigos, ela havia sido capturada pela NASA, que desconfiava que Dollores Dee seria um extraterrestre. Ao confirmar o fato, eles teriam a matado.


Schimidt ligou as notícias. A pena que era o objeto religioso dos etes, pertencia justamente a um ete disfarçado de mulher e infiltrado em nossa sociedade. Como a pena viera parar no Palácio Encarnado, de Hesteyo City, os extraterrestres vieram procura-la exatamente neste lugar. Eles procuraram a pena lá, mas como não encontraram, capturaram a rainha com a intenção de obter alguma informação.