A Saga dos ET's

8.5.07

9 - O seqüestro da rainha

Eles não podiam ficar ali parados. O professor levantou-se. Tinha que fazer algo. Os etes estavam ali debaixo do seu nariz fazendo planos para, quem sabe, capturar a rainha. O velho saiu correndo, dando a volta pelo outro lado do prédio, alcançando a porta da sala onde se encontravam os etes. A tentativa de abri-la foi em vão. Estava trancada. Forçou. Não adiantou. Os guris chegaram em seguida e seguraram Schimidt para não fazer aquilo:
- Está botando tudo a perder, professor!!!
- Se non fizer alguma coisa agora, não se sabe quando vamos fazer. Eles vão abiduzir a rainha Beatriz.
Então os meninos ajudaram o professor arrombar a porta. Quando conseguiram entrar, as luzes se apagaram. Schimidt logo achou, na parede, o interruptor para ligar as luzes. "clic". Não acenderam. Ele não titubeou em sacar do bolso o isqueiro. Vendo que aquela pequena luz não o ajudaria, chamou os guris e foram embora.


Foram os três para a casa do professor. Lá passaram a madrugada conjecturando sobre o caso. Logo de cara, eliminaram a idéia de falar qualquer coisa para a rainha ou para a imprensa local, prevendo que eles não acreditariam naquilo. Porém suas forças eram pífias para deter os alienígenas. Precisavam pensar em alguma coisa rápida e eficaz.


Robert falou para o professor sobre a banda de seus amigos, e a relação da pena e do 88. O velhou descartou qualquer hipótese tê-los como aliados, concluindo que eles eram, nada menos, que etes disfarçados. Falou para os meninos sobre a Pena Encarnada, com detalhes. Ele lera muito sobre ela em seus livros sobre ufologia. A Pena era uma espécie de símbolo religioso para os seres do planeta de marte. Segundo os estudiosos, a Pena Encarnada era o maior objeto de adoração dos marcianos. Eles atribuiam à ela a criação de seu planeta.


As coisas começavam a fazer algum sentido. Eles teriam vindo para Hesteyo com o objetivo de encontrar a pena. Os meninos consideravam a hipótese de que a pena estava sob domínio da Dolores 88, já o professor discordava, preferia a suposição de que a pena não estivesse em nosso planeta, muito menos em Hesteyo.


Já era sentida a presença da aurora quando Robert e Johnny foram embora. O professor sem dormir, tomou um banho e em seguida um café, para assim seguir para o serviço. Como de costume, antes do banho, enquanto se barbeava, ligou o rádio. Quando a voz macia do locutor Wiston Willy penetrou em seus ouvidos trazendo a notícia, deixou a navalha cair no chão. Willy dizia:
"Segundo a assessoria de imprensa do palácio real, a rainha Beatriz foi sequestrada na madrugada de hoje. Os sequestradores ainda não estabeleceram contato com o palácio nem com a família. E a guarda real ainda não se pronunciou sobre o acontecimento (...)"

Schimidt ficou paralisado por uns segundos. Não conseguiu prestar atenção no resto da notícia. Quando se estabilizou logo trocou de rádio. E todas as rádios que ele passava ouvia-se a notícia do sequestro da Rainha.

Seria mesmo os etes que haviam à capturado?

continua...